Mote:
.....................
Desculpem o atrevimento
Aqui do Tejo, em Lisboa,
Quem me dera o talento,
Do Aleixo ou do Pessoa!
1......................
Andei lonje desta história,
Mal acabei de chegar,
E pus-me logo a pensar.
Mas não me vem à memória,
Nada com rima, só “xicória”
Faço um esforço, mas lamento,
Deixar-vos aqui um momento,
Com palavras apropriadas,
Que vou tentando serem rimadas,
Desculpem o atrevimento.
2.............................
Quiz Deus, chegasse aqui,
E em Pousaflores fiz um clique,
Fiquei até com este tique,
Há conversas que ali vi,
Que me fazem passar por ali.
Sei que é tudo gente boa,
Flores da serra, onde ecoa,
Uma canção de saudade,
Trazida desta cidade,
Aqui do Tejo, em Lisboa.
3..........................
E é este o meu destino,
Passo por aqui de vez em quando,
E meus olhos vão registando,
O Brasil deste Jaulino,
Que bem conheço de menino.
Trovador tímido? Fico atento.
Trocovenda? Bom momento!
Boa rima, é espontâneo,
Mas mesmo do anónimo conterrâneo,
Quem me dera o talento!
4...........................
Agora estou de partida,
Mas falta perguntar-vos ainda,
Ao José e à Jesulinda,
Que bem conhecem esta lida:
Onde pára a poetisa adormecida?
Esta frase até já ecoa,
Nas vielas de Lisboa.
Ai como é bom recordar,
As rimas do João “do Lagar”,
Do Aleixo ou do Pessoa!
---
AS